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Dicas


Importantes recomendações para previnir ou para acompanhar o tratamento.


20.01.2015
Pele e Gestação

A gravidez é período de grandes alterações para a mulher. Praticamente todos os tecidos são afetados, e a pele sofre mudanças importantes.



A grande maioria da mudanças no corpo da gestante decorrem de alterações hormonais ou mecânicas. Os principais hormônios que se alteram são estrogênios, progesterona, beta HCG, prolactina, dentre outros.

Na pele, as alterações gestacionais podem ser fisiológicas da gravidez, ou podem ocorrer dermatoses específicas da gravidez, ou dermatoses podem estar alteradas na gravidez.

Embora muitas dermatoses sejam consideradas como fisiológicas (ou seja, “normais na gestante”), muitas delas podem causar desconforto importante para as pacientes.

As alterações “normais” mais comum são:

MANCHAS ESCURAS:

Melasma

O melasma é muito frequente nas gestantes, sendo mais comum nas pacientes morenas. Aparecem manchas marrons ou castanhas, geralmente no rosto (fronte, nariz, bochechas, buço, queixo). Costuma desaparecer completamente após o primeiro ano do parto, mas até 30 % das pacientes evoluem com alguma sequela da mancha.

O tratamento deve ser iniciado já durante a gravidez com o uso de filtros solares, além de evitar a exposição solar exagerada. Prescrição de medicamento para melasma durante a gestação deve ser feita somente sob orientação médica.

Cicatrizes recentes, efélides (= sardas) e nevos (=pintas) podem apresentar intensificação da pigmentação ao longo da gestação. Outras alterações cutâneas pigmentares como a linha negra (linha escura na região mediana do abdome), escurecimento areolar e hipercromia (= escurecimento) da vulva e do ânus tendem a regredir ao final da gestação. Particularmente em relação ao nevos deve-se prestar mais cuidados, uma vez que a influência hormonal sobre os melanomas ainda está sendo debatida. Qualquer alteração das pintas nesse período deve ser avaliada pelo dermatologista.

ALTERAÇÕES DOS VASOS

Alterações vasculares (= dos vasos) também são comuns na gravidez. Aranhas vasculares surgem entre o segundo e o quinto mês de gestação. Podem ocorrer no rosto, pescoço e membros superiores, e tendem a aumentar de tamanho ao longo dos meses. O laser vascular pode ser indicado para vários casos, após o parto.

Hemangiomas pequenos podem desenvolver-se na gravidez, surgindo no primeiro trimestre de gravidez. O tratamento pode ser com laser vascular ou cirúrgia.

O granuloma piogênico da gestação é um tumor benigno gengival. Surge como uma lesão macia na gengiva. Desaparecimento espontâneo ou regressão é a regra ao final da gravidez, e por isso não deve ser inadvertidamente removido, pois tal conduta acarreta em frequentes recidivas. Higiene oral rigorosa é um dos fatores que parece prevenir ou evitar a formação do granuloma piogênico da gestação.

O edema (= inchaço) dos membros inferiores é uma das manifestações mais constantes nas grávidas. Sua causa depende da retenção de sódio e água, além das alterações circulatórias causadas pelo útero gravídico sobre a circulação.

ESTRIAS

As estrias são comuns nas gestantes e causam transtorno estético e psicológico. Surgem em oposição às linhas de tensão da pele. São mais frequentes no abdômen, seios, braços e dorso. A causa das estrias ainda está em discussão, mas parece relacionar-se à distensão dos tecidos e ao aumento de hormônios. As estrias inicialmente são vermelhas ou violáceas, posteriormente tornam-se branco-nacaradas.

ACNE

Em relação às glândulas sebáceas ainda não existe consenso se suas atividades aumentam ou mantém uma constância ao longo da gestação. Ainda se verifica que o efeito da gravidez na acne é imprevisível.

PELOS, CABELOS e UNHAS

O hirsutismo ou a hipertricose podem ocorrer nas gestantes, ambos cursam com aumento de pelos, particularmente naquelas de cabelos escuros ou que já possuíam abundante pilificação antes da gestação. Seu achado é precoce na gravidez, sendo mais abundante na face e braços. A etiologia do hirsutismo é hormonal, e decorre de uma conversão reduzida dos pelos anágenos em telógenos. Via de regra, regride até seis meses após a gravidez, caso não regrida, pode estar indicado o uso do laser para epilação.

O eflúvio telógeno também é comum, é um tipo de queda de cabelos que pode continuar por vários meses após o final da gravidez. Depende do desequilíbrio hormonal e do estresse do parto, mas há recuperação completa após aproximadamente um ano na maioria das pacientes.

As unhas também são afetadas. Podem apresentar-se mais moles e quebradiças.

Não faça auto medicação, procure sempre orientação do seu médico.




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